Encerrou hoje com o sentimento de dever cumprido, após três dias (06, 07 e 09) de debates e socialização de propostas, a II Conferência Municipal de Educação que envolveu diversos segmentos ligados ao setor. A plenária final, realizada no auditório do Colégio Paulo VI, superou as expectativas em termos de público e resultados e todas as propostas votadas farão parte de um documento que será defendido pelos delegados na Conferência Estadual e, posteriormente, na Nacional em fevereiro de 2014.
Com o tema central “O PNE na articulação do Sistema Nacional de Educação: Participação Popular, Cooperação Federativa e Regime de Colaboração”, a conferência de Juazeiro discutiu, principalmente, as propostas similares do Plano Nacional de Educação e do Plano Municipal de Educação (PME), com o objetivo de promover uma convergência de interesses entre o que se deseja para a educação do município e do Brasil.
“Juazeiro finalizou o PME em 2009 durante a I Conferência e fez a revisão do Plano Municipal no ano passado. Já o Plano Nacional foi construído em 2010, e nós observamos durante esse tempo que muitas das nossas propostas permaneciam de acordo com o que estava sendo pensado para o país, e isso nos indica que estamos bem, avançando e no caminho certo”, acredita a Coordenadora da Comissão Organizadora da Conferência Municipal, Lucinete Alves.
O momento recém-vivido pelo município foi justamente o de fazer todas essas avaliações e de analisar se as propostas elaboradas na época ainda garantem que a educação alcance as metas do PNE. “Já avançamos bastante e algumas políticas públicas começam a se tornar mais palpáveis com, por exemplo, o destino de 10% do Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) para o setor e a discussão dos 100% dos royalties do petróleo para a educação como forma de garantir esse repasse. Afinal, a educação precisa, prioritariamente de recurso. Dessa forma, debates amplos como esse são necessários”, ponderou o titular da pasta no município, Clériston Andrade.Trazendo a discussão para o âmbito local, algumas propostas refletiram bem as necessidades de Juazeiro, como a de tornar os Articuladores de Educação Tecnológica profissionais da Educação; a importância de uma maior participação da sociedade, com destaque para o engajamento dos pais; ampliação da oferta de educação inclusiva e de uma democratização ainda mais efetiva do acesso por parte dos professores a cursos, como de pós-graduação. Diante do exposto, a educadora Luciana Leite afirmou que a Conferência foi enriquecedora. “Nós conseguimos perceber o que já temos, o que falta e o caminho que estamos tomando para conseguiu avançar”, justificou.
Para o prefeito Isaac Carvalho discutir educação é sempre muito importante e “independe até do momento”, pois todas as reflexões que buscam a melhoria da qualidade da educação são válidas. “Todos nós queremos o melhor para a educação e para isso é preciso reunir os diversos segmentos e elaborar políticas públicas a ‘quatro mãos’. Vamos juntos continuar lutando porque a responsabilidade com esse setor é coletiva”, deixou como recado o Chefe do Executivo. Um documento será formalizado e as propostas locais seguirão para a etapa estadual. A expectativa da organização é de que um grande número dessas indicações chegue depois a Brasília.
