quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Exposição retrata a história e belezas da negritude brasileira

Por Emanuelle Lustosa/SEDIS

Na última sexta-feira (21), na abertura da Exposição Fotográfica e Literária ‘Negritude’, os visitantes tiveram a oportunidade de voltar no tempo e conhecer um pouco da história e belezas da raça negra brasileira, no Centro Integrado de Desenvolvimento e Igualdade Social – CIDS, na Praça Imaculada Conceição, em Juazeiro.

 Com uma ambientação de época, as pessoas eram recebidas por modelos caracterizadas de mãe África e a princesa Izabel. Outra atração da exposição foi um espaço que retratava os navios negreiros, onde os visitantes entravam em um ambiente sombrio e escuro, e podiam ouvir as chicotadas e os gritos de dor dos negros que eram trazidos nos porões dos navios da África para o Brasil, na época da escravatura. De acordo com o curador da Exposição, Reginaldo Duarte, a ideia foi homenagear a negritude com fotos do cotidiano, de personalidades negras, a culinária, documentos, além de retratar a época da escravatura no país. “Passamos mais de um mês pesquisando e organizando todo o material para a exposição. E o resultado foi o melhor possível, e ainda tivemos a oportunidade de contar com o Balé Afro, o Afoxé Filhos de Zaze, a capoeira e apresentações musicais”, ressaltou Reginaldo.
A secretária de Desenvolvimento e Igualdade Social – SEDIS, Célia Regina Carvalho parabenizou a equipe do CIDS pelo brilhante trabalho. “Estou muito feliz com esta homenagem a negritude do nosso município. Este ano, o Novembro Negro foi idealizado com uma extensa programação, com a parceria de outras secretarias e instituições, isso só engrandece ainda mais este trabalho, na qual a gerência de Diversidade da SEDIS vem realizando na busca de debater a temática de direitos humanos, no que diz respeito ao negro, a mulher, pessoas com deficiência e a comunidade LGBT”, destacou a secretária.

O vice-prefeito Francisco Oliveira, prestigiou o evento e falou do orgulho de ser o primeiro vice-prefeito negro da periferia de Juazeiro. “Entre tantas situações que já enfrentei na vida, nunca desistir de lutar por meus direitos e contra o preconceito, e foi com muita força e fé que cheguei até aqui. Precisamos, nós negros, quebrarmos as correntes do passado para criarmos a consciência de que somos capazes”, ressaltou o vice.

“Estamos muito felizes de ter oportunidade de sairmos da nossa comunidade do Quidé para levarmos a cultura negra a outras pessoas, e dessa maneira elas estão tendo a oportunidade de conhecer o trabalho lindo que realizamos”, agradeceu o presidente do Afoxé Filhos de Zaze, José Rosa, que também participaram do evento.